Contagem tem cerca de 20 mil casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPCO) por ano. Para reduzir o número de internações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mais de 250 servidores que atuam na área da saúde no município receberam, na segunda-feira (12), capacitação sobre programa de reabilitação pulmonar pioneiro no Brasil, no auditório da Nova Faculdade.
O “Programa de Treinamento e Capacitação de Profissionais da Área da Saúde Para Implantar a Reabilitação Pulmonar no Sistema Único de Saúde da Região Metropolitana de Belo Horizonte” tem como objetivo promover a utilização pulmonar como ferramenta de tratamento de pacientes com doença pulmonar crônica de forma adequada e sustentável. Atualmente, a reabilitação pulmonar é pouco difundida no país. O professor de fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcelo Velloso, explica que o intuito é ter Contagem como exemplo para implantar o programa de reabilitação em todas as cidades. “Estudos comprovam que quando esses pacientes passam pela reabilitação pulmonar, diminuem a internação e aumentam a capacidade funcional, o que contribui para a redução do custo com a doença para os governos (municipal, estadual e federal) e traz de fato benefícios para os pacientes”. O professor lembra ainda que ter equipes multifuncionais preparadas para atender a população é fundamental para a execução e êxito do programa. “Ter profissionais com formações diferentes, como fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, envolvidos proporcionará aos pacientes resultados melhores, mas é preciso reforçar que a evolução da melhora do quadro clínico dependerá de cada pessoa, uma vez que ela tem que se dispor a realizar os exercícios físicos propostos regularmente para que os sintomas não piorem”, ressaltou. Para o enfermeiro, Hudson José da Silva, treinamentos como este que envolvem vários profissionais tendem a alcançar mais resultados. “O programa de reabilitação pulmonar, além de ser uma oportunidade de qualificação para diversos profissionais, pode incentivar a população a ter mais cuidado com a saúde e como consequência, mais qualidade de vida”, destaca.